Eu estava dentro do ônibus, devaneando feliz sobre alguma coisa alheia, quando passei em frente ao que antigamente costumava ser um bingo falido. Um prêmio pra quem adivinhar o que estava no lugar.
Uma Igreja evangélica. Dessas que gritam e te oferecem um pedacinho do céu por 10 vezes de R$99,99, sem juros. Foi a quinta que deve ter aberto, só essa semana, e eu ainda estou na missão de descobrir de onde elas surgem, e de onde o povo tira tanta imaginação. Até bíblia em forma de agenda eletrônica eu vi, tinha até conversor de dólar, juro! E eu posso ser nova demais pra dizer que não pertenço á nenhuma religião, mas é assim que eu me defino. Sem discussões, eu sei no que eu não acredito.
E só uma última nota. Religião era algo em que acreditar. Era a fé. Na minha terra, o que envolve dinheiro tem outro nome. E é negócio.